Onde o Estado não vai. O Crime recruta.
O Início
As favelas tiveram origem na cidade do Rio de Janeiro em meados do século
XIX. Transformações sociais desencadeadas por fenômenos como a decadência
da produção cafeeira no Vale do Paraíba, a abolição da escravidão e o início
desenvolvimento do processo industrial no país, trouxeram muitas pessoas
que eram escravas e europeus, especialmente portugueses, para a então capital do
Brasil. O grande crescimento demográfico da cidade inchou sua área central, que
tradicionalmente concentrava vários cortiços.
O então prefeito da cidade, Cândido Barata Ribeiro, iniciou a perseguição a
esse tipo de moradia, o que culminou, em 1893, na demolição do cortiço
"Cabeça de Porco". Todo o processo de despejo desalojou cerca de 2
mil pessoas e um grupo de ex-moradores do cortiço conseguiu permissão para
construir suas casas no Morro da Providência. Outro grupo de soldados
que lutaram contra a Revolta da
Armada recebeu permissão para construir moradias sobre o Morro de Santo Antônio, dando início aos
primeiros aglomerados que mais tarde seriam chamados de "favelas".
Em 1897, cerca de 20 mil soldados que haviam retornado ao Rio de Janeiro
após a Guerra de Canudos, na província oriental
da Bahia,
começaram a morar no já habitado Morro da Providência. Durante o conflito, a
tropa governista havia se alojado na região próxima a um morro chamado
"Favela", o nome de uma planta resistente da família Euphorbiaceae,
que causava irritação quando entrava em contato com a pele humana e
que era comum na região. A planta era da espécie Cnidoscolus quercifolius, chamada de
árvore "faveleira". Por ter abrigado pessoas que haviam lutado
naquele conflito, o Morro da Providência recebeu o apelido de "Morro da
Favela". O nome tornou-se popular e, a partir da década de 1920, os morros
cobertos por barracos e casebres passaram a ser chamados de favelas.
As favelas se formaram antes da ocupação densa de
cidades e da dominação de interesses imobiliários. A primeira favela atual
foi registrada no início dos anos 1920, apesar de aglomerados semelhantes
existirem desde o século XIX. A crise de habitação da década de 1940
obrigou os cidadãos mais pobres das cidades a erguer centenas de barracos nos
subúrbios, quando as favelas substituíram os cortiços como
o principal tipo de residência para os cariocas carentes.
A era de crescimento explosivo das favelas tem início nos anos 1940, quando o
processo de industrialização do governo de Getúlio Vargas levou
centenas de milhares de migrantes para o Distrito Federal, até 1970, quando as
favelas expandiram-se para além da área urbana do Rio e para a periferia
metropolitana. A maioria das favelas atuais começou na década de 1970,
quando o forte crescimento econômico brasileiro durante
a o Regime Militar iniciou um processo de êxodo rural de
trabalhadores dos estados mais pobres do Brasil em
direção a regiões mais ricas, o que formou comunidades enormes em termos
populacionais. Desde que esses aglomerados foram criados, mesmo que em
condições diferentes, mas com resultados finais similares, o termo favela tornou-se
geralmente atribuído a qualquer área empobrecida de uma cidade.
As favelas geralmente são construídas nos subúrbios da
cidade principal, de uma forma que elas passam a ser expansões da cidade. Ao
longo do tempo, as comunidades em favelas frequentemente começam a formar e
desenvolver um conjunto de organizações e associações sociais e religiosas com
o objetivo de obter serviços como água encanada e eletricidade. Às vezes,
os moradores (chamados pejorativamente de favelados) conseguem
conquistar o título da terra e, em seguida, são capazes de melhorar suas
moradias. Por causa da superlotação, de condições insalubres, da má nutrição e
da poluição, doenças são
comuns nas favelas mais pobres e as taxas de mortalidade infantil são altas.
Em 2010, O Brasil tinha
11,42 milhões de pessoas morando em favelas, palafitas ou outros assentamentos
irregulares. O número corresponde a 6% da população do País e consta do estudo
Aglomerados Subnormais, realizado com dados do último Censo e divulgado hoje
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A comparação
com levantamento realizado há vinte anos indica que quase dobrou no período a
proporção de brasileiros que moram nessas áreas, em condições precárias. Em
1991, 4,48 milhões de pessoas (3,1% da população) viviam em assentamentos
irregulares, número que aumentou para 6,53 milhões (3,9%) no Censo de 2000.
Ao todo,
foram identificados 6.329 aglomerados subnormais em 323 municípios do País.
Trata-se de um fenômeno majoritariamente metropolitano - 88,2% dos domicílios
em favelas estavam concentrados em regiões com mais de 1 milhão de habitantes.
As regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e Belém somadas concentravam quase
a metade (43,7%) do total de domicílios em assentamentos irregulares do País.
Mapas preparados pelo IBGE mostram grande diferença na distribuição desse tipo
de moradia. Em São Paulo, por exemplo, predominam áreas de pequeno porte e
concentradas na periferia, ao contrário do Rio, onde há um espalhamento maior
pelo território.
Em Belém,
mais da metade da população (54,5%) vivia em assentamentos irregulares no ano
passado. É a maior proporção do País. No município do Rio, eram 22%. Em São
Paulo, 11%. Campo Grande foi a capital com menor proporção de população em
moradias desse tipo - 0,2% dos habitantes.
A região
Sudeste concentrava metade (49,8%) dos domicílios ocupados em aglomerados
subnormais do País, com destaque para os Estados de São Paulo (23%) e Rio de
Janeiro (19%). A região Nordeste tinha 28,7% do total, a Norte 14,4%, a Sul
5,3% e a Centro Oeste 1,8%.
Dados de 2010 mostravam que a população que vivem em favelas dobrou nos
últimos 20 anos. No Brasil havia 6329 aglomerados. Hoje estamos em 2017 qual será a realidade?
Hoje o Brasil acorda com notícias dos confrontos na Rocinha/RJ, uma
guerra que as autoridades fingiram não saber até cair na mídia. No dia 24/09,
no Fantástico, a Globo mostrou falas de ex Governadores do Rio prometendo o
combate ao tráfico, isso desde o Governador Brizola. Mas o que me chamou a
atenção foi o Pezão. Este falou que não
sabia imagens de traficantes com fuzil dentro da Rocinha. Onde vive esse Governador?
A todo instante esses flagrantes aparecem. Mas nosso foco não é esse.
Esse
problema social causado pela informalidade, baixos salários, falta de escolas,
falta de saúde pública e principalmente pela corrupção que assola ao país a vários
anos, está levando o Brasil a uma Guerra sem precedentes e regras. O que observamos na Rocinha é que mesmo com
950 soldados das forças armadas, mais os efetivos das polícias do Estado do Rio
de Janeiro, a Guerra na comunidade já vai para a segunda semana. Os lideres não
foram presos e novas facções estão entrando no confronto. E o Governo insiste
que não há Guerra no Rio de Janeiro.
Mas
a preocupação do nosso Blog é a reação em cadeia que no futuro isso pode gerar
nos grandes centros do Brasil. Onde o ESTADO não vai a Criminalidade chega e
recruta. Dé suporte e sustento para as famílias. Se em 2010 tínhamos mais de 6.000 favelas,
hoje temos quase 10.000. Não podemos afirmar que todas tem a presença de
facções ou grupos que dominam o tráfico de drogas. Mas podemos afirmar que as drogas e a
criminalidade estão presente em todas. Organizadamente, o Crime cresça com um
percentual mais que grandes empresas do Brasil. Talvez não cresça como a rede
bancária, mas esses também são bandidos. No Crime não aceitam o corrupto ou
aqueles que roubam a facção. No
Congresso essa prática é constante. Chantageiam o tempo todo. Talvez seja por
isso que o Crime sempre encontra brechas para ocupar onde o ESTADO não vai.
Eles são mais organizados e daqui uns anos terão o poder bélico suficientes
para tomar. Isso mesmo. Daqui uns anos
podem não ter blindados. Mas poderão sair das favelas para buscar os recursos
para se sustentar dentro dos muros dos condomínios fechados onde vivem as
famílias daqueles que contribuíram para o crescimento da injustiça e da
disparidade de rendas. Pouco irá adiantar o dinheiro desviado hoje se seus
filhos não terão como usufruir dele nas cidades. Não defendo a criminalidade nem suas ações.
Apenas quero chamar atenção para a falta de cuidado atenção com os problemas
sociais que vem assolando o Brasil. Estão governando para um pequeno número de
pessoas. Estão governando para deputados, senadores e presidentes, não incluo
os vereadores, esses estão em seus municípios e por enquanto não podem fugir
para Brasília. Estão governando para os grandes grupos de empresas
internacionais. Uma hora a conta vai
chegar e o povo não vai aguentar mais pagar. Não vai aguentar mais a Corrupção.
E esse povo vai descer “o morro”, suas guaritas não serão capazes de oferecer a
devida proteção. E quando isso acontecer. As grandes empresas internacionais,
simplesmente, ou vão embora do país ou irão financiar UMA GUERRA CIVIL no
Brasil. Não precisa ser mestre em história para entender como funciona esse
processo. Basta ler.
Portanto,
Senhores Presidentes, Deputados Federais e Senadores. O Brasil ainda tem jeito.
O Brasil ainda pode se salvar desse caos social que estamos vivendo no Brasil e
que poderá ser tornar de grandes proporções no futuro. É hora de dar um basta nessa Corrupção.
Nesses esquemas políticos, nesses conchavos e parar de achar que o Brasil é só
o Congresso e o Senado. É hora de
salvar o Brasil. O Brasil não pode ser trocado por interesses próprios e por
emendas parlamentares para salvar Criminosos.
O STF e a Justiça tem que dar isonomina a todos e todos serem julgados
de forma justa. Mas que fiquem presos aqueles que roubaram. Que fique impedido
de disputar eleições. No momento que o Brasil está vivendo não podemos ter lado
partidário. Temos que ter o lado da justiça e exigir que todos sejam presos e
que nosso Congresso não vire palco de barganha.
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